Arménia - Mar2019- uma agradável surpresa perto da Gulbenkian
14º evento, 10 de Março de 2019
Mais um encontro das comidas do mundo, este sobre a Arménia.
O restaurante Ararat situado no coração de Lisboa, Avenida
Conde Valbom. Foi o local escolhido para este evento.
Arménia é um dos mais antigos centros da civilização
mundial. É E precisamente esse este país foi o primeiro Estado cristão,
adiantando-se a Roma e à Grécia. O principal símbolo da Arménia é o monte
sagrado – Ararat, onde, segundo a Bíblia, “no sétimo mês, no dia dezassete do
mês” após o início do dilúvio atracou a Arca de Noé. E é essa montanha que dá o
nome ao nosso restaurante.
A culinária da Arménia, país encaixado nas montanhas do
Cáucaso, é baseada em carnes e produtos derivados do leite, mas com uma rica
cultura de vegetais, incluindo frutas, nozes e ervas aromáticas; o uso de
picles é comum e, em vez de arroz, usa-se principalmente o trigo partido.
Tradicionalmente, os arménios cozinham com lenha, num fogão de barro chamado
"tonir", onde se prepara toda a comida, incluindo o pão.
As carnes são principalmente assadas sobre brasas,
tradicionalmente com os próprios ossos, ou no forno, depois de bem marinadas;
as khorovats são as espetadas arménias, muito conhecidas noutros países.
As sopas são uma parte importante da cozinha arménia e, como
noutros países, fazem uma refeição completa, como a bozbash. A mais conhecida,
no entanto, é a khash do verbo "khashel", que significa
"cozer" e consiste em ferver em água, durante cerca de 24 horas, pedaços
de perna de vaca ou de carneiro com temperos até obter um caldo forte e
aromático, uma versão do consommé ocidental.
Este repasto foi acompanhado por um vinho feito de romã,
muito interessante, diga-se de passagem.
É uma experiência para voltar a repetir
Mais uma vez os nossos miúdos fizeram umas excelentes
apresentações sobre o país.
Só faltou, na minha opinião, um apontamento sobre uma pessoa
muito importante para Portugal
Calouste Sarkis Gulbenkian
Aqui vai um pouco sobre este Homem:
Nasceu numa família de abastados comerciantes arménios de
Istambul. O seu pai importava petróleo da Rússia.
Estudou em Marselha e em Londres, no King's College, onde
obteve o diploma de engenharia do petróleo (1887).
Negociador hábil e esclarecido, perito financeiro de grande
categoria, Gulbenkian negociou contratos de exploração petrolífera com os
grandes financistas internacionais e as autoridades otomanas, fomentando a
exploração racional e organizada desta fonte de energia emergente. A indústria
internacional dos petróleos começava a tomar forma no fim do século XIX.
Gulbenkian organizou o grupo Royal Dutch, que serviu de ligação entre as
indústrias americanas e russas e deu o primeiro impulso à indústria na região
do Golfo Pérsico.
Durante a Primeira Guerra Mundial sugeriu em França a
criação de um gabinete para controlo do petróleo, o Comité Générale du Pétrole,
chefiado por Henri Bérenger. Ao serviço deste comité, obteve êxito para um seu
plano: pelo Tratado de San Remo (1920), a França ganhou à Grã-Bretanha o
direito a administrar os interesses do Deutsche Bank na companhia de petróleo
turca (os ingleses faziam-no desde 1915).
Durante a II Guerra Mundial, passou a viver em Lisboa, no
Hotel Aviz (hoje desaparecido), em Abril de 1942. Vivia no hotel, juntamente
com a mulher, a secretária privada Isabelle Theis e o genro Kevork, ocupando 5
das 33 suites do hotel.
A 28 de Fevereiro de 1950 foi agraciado com a Grã-Cruz da
Ordem Militar de Cristo.
Calouste Gulbenkian foi um amante de arte e homem de raro e
sensível gosto, além de reunir uma extraordinária colecção de arte,
principalmente europeia e asiática, de mais de seis milhares de peças.
Na arte europeia, reuniu obras que vão desde os mestres
primitivos à pintura impressionista. Uma parte dessa colecção esteve exposta
por empréstimo, entre 1930 e 1950, na National Gallery (Londres) em Londres, e
na Galeria Nacional de Arte em Washington, DC.[8] Figuram na colecção obras de
Carpaccio, Rubens, Van Dyck, Rembrandt, Gainsborough, Romney, Lawrence,
Fragonard, Corot, Renoir, Boucher, Manet, Degas, Monet e muitos outros.
Além da pintura, reuniu um importante espólio de escultura
do antigo Egipto, cerâmicas orientais, manuscritos, encadernações e livros
antigos, artigos de vidro da Síria, mobiliário francês, tapeçarias, têxteis,
peças de joalharia de René Lalique, moedas gregas, medalhas italianas do
Renascimento, etc. Quando de sua morte, em 1955, a sua coleção de obras de arte
estava avaliada em mais de 15 milhões de dólares.
Foi desejo de Gulbenkian que a colecção que reuniu ao longo
da vida ficasse exposta num único local. Assim é que está em Lisboa, desde
Junho de 1960. Em 1969 foi inaugurado o edifício-sede da Fundação Calouste
Gulbenkian (que acolhe os serviços centrais da Fundação, 2 auditórios, salas de
conferências e 2 espaços expositivos) e o Museu, onde se encontra esta colecção
permanente. Em 1983 foi inaugurado o Centro de Arte Moderna, no mesmo parque
junto à Praça de Espanha onde se localizam todos esses edifícios.
Curiosidades:
- O Restaurante Ararat, encontra-se muito próximo da
Fundação Calouste Gulbenkien.
- A Fundação exibiu uma exposição comemorativa dos 150 anos
do nascimento de Calouste Sarkis Gulbenkian “Calouste: uma vida não uma
exposição”.
Nota: Recomendo uma leitura simples que retrata um pouco a vida na Arménia e deste Homem "O Homem de constantinopla" e "Um Milionário em Lisboa" de José Rodrigo dos Santos.
https://ararate.pt/en/
https://ararate.pt/en/
Paulo obrigada pelo teu sumário sábio e muito interessante. E claro, obrigada por participarem nestas nossas actividades
ResponderEliminarԼավ արեց!
ResponderEliminarExcelente apresentação do Calouste Gulbenkian! Restaurante 5 estrelas com serviço e comida óptimos
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